8 de abril de 2013

Revista Cultura em Mato Grosso e o Proler

A Revista Cultura em MS número 05 - 2012 da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul ( clique aqui para ver a revista online ) na seção Livro e Leitura, artigo Tempo de Ler faz uma retrospectiva do Programa Nacional de Incentivo à Leitura ( PROLER/FBN de 1992-2012).
Vale a pena ler o artigo, a entrevista de Carmen Pimentel, coordenadora do Proler Nacional. O comitê Proler/UESB de Vitória da Conquista tem um bom destaque na reportagem, leia também.
Parabenizamos os Comitês Proler de Campo Grande, Caarapó, Dourados e Costa Rica em Mato Grosso do Sul pela iniciativa de publicizar os esforços dos comitês brasileiros do Proler.




Um programa voltado para a difusão da prática da leitura e da escrita entre presidiários, incentivando-os a contar as próprias histórias, da maneira e na linguagem que quiserem. Vivências, estudos, leituras e oficinas que destacam a literatura indígena e afro-brasileira em busca da diversidade cultural na formação educativa. Um encontro regional que reúne de 1.500 a 1.800 crianças e jovens para troca de experiências de leitura, encontro com autores, círculo de oficinas e doações de livros. São ações como essas que os comitês do Proler desenvolvem em todo o país, reunindo criatividade, determinação, entusiasmo pela leitura e inúmeros parceiros
Em VITÓRIA DA CONQUISTA (BA), o Comitê Proler/ UESB criou o Letras de Vida: Escritas de Si, com o objetivo de dar voz e divulgar a produção de autores populares, que não puderam estudar ou que frequentaram a escola por pouco tempo, caso de grande parte dos detentos
“São pessoas que não apresentam o domínio do código linguístico formal, mas que decidiram escrever da maneira que sabem, preenchendo tantos espaços vazios da literatura”, conta a coordenadora Heleusa Figueira Câmara. “Assim, os acontecimentos diversos são preservados, e a memória social do povo tem o referendo dos sentimentos e emoções de quem vive a vida na dura luta do dia a dia, abalando posições histórico-socioculturais cristalizadas.” O programa envolve trabalhadores rurais, donas de casa, prisioneiros, trabalhadores informais, como os da construção civil, que poetizam suas existências por meio do fazer criativo, independente dos padrões da língua culta. Heleusa Câmara esclarece que a revisão gramatical e ortográfica é oferecida, mas com o cuidado de respeitar a integridade da obra.
Criado em janeiro de 1992, o Comitê Proler/UESB é pioneiro no Brasil e tem funcionado ininterruptamente, desde o compromisso firmado entre a Fundação Biblioteca Nacional, a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e os municípios de Vitória da Conquista, Jequié e Itapetinga. Detalhe fundamental: a comunidade é convidada a participar sem exigência de titulações do sistema escolar nem filiações a instituições públicas e privadas, de modo a incluir segmentos sociais afastados dos espaços educacionais formais. “Assim, educadores sociais, animadores culturais, professores, bibliotecários, estudantes, merendeiras, garis, jardineiros, agentes de saúde, monitores de creches, idosos e comunidade interessada constituem a luminosidade do programa.”





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