10 de abril de 2013

Manhã no Proler – Roda de Leitura

As Rodas de Leitura promovidas por Hérique Bastos, aluno do Curso de Administração da UESB e bolsista do Proler, são muito interessantes. Vale a pena participar. No dia 09 de abril de 2013 foi lida a história Desejos Ridículos do livro Contos como a gente conta de Maria Ignez Correia e Maria Clara Cavalcante do Grupo Confabulando RJ. Participaram da Roda de Leitura Hérique Bastos (camisa vermelha), Divaldo , Fabiana, Valtelina, Maria José, Priscila Rosenilde.

Rodas de Leitura são encontros para compartilhar leitura de contos e poemas da literatura universal e brasileira junto a frequentadores da Sala de Leitura Íris Silveira, alunos da rede pública de ensino e interessados.


8 de abril de 2013

Revista Cultura em Mato Grosso e o Proler

A Revista Cultura em MS número 05 - 2012 da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul ( clique aqui para ver a revista online ) na seção Livro e Leitura, artigo Tempo de Ler faz uma retrospectiva do Programa Nacional de Incentivo à Leitura ( PROLER/FBN de 1992-2012).
Vale a pena ler o artigo, a entrevista de Carmen Pimentel, coordenadora do Proler Nacional. O comitê Proler/UESB de Vitória da Conquista tem um bom destaque na reportagem, leia também.
Parabenizamos os Comitês Proler de Campo Grande, Caarapó, Dourados e Costa Rica em Mato Grosso do Sul pela iniciativa de publicizar os esforços dos comitês brasileiros do Proler.




Um programa voltado para a difusão da prática da leitura e da escrita entre presidiários, incentivando-os a contar as próprias histórias, da maneira e na linguagem que quiserem. Vivências, estudos, leituras e oficinas que destacam a literatura indígena e afro-brasileira em busca da diversidade cultural na formação educativa. Um encontro regional que reúne de 1.500 a 1.800 crianças e jovens para troca de experiências de leitura, encontro com autores, círculo de oficinas e doações de livros. São ações como essas que os comitês do Proler desenvolvem em todo o país, reunindo criatividade, determinação, entusiasmo pela leitura e inúmeros parceiros
Em VITÓRIA DA CONQUISTA (BA), o Comitê Proler/ UESB criou o Letras de Vida: Escritas de Si, com o objetivo de dar voz e divulgar a produção de autores populares, que não puderam estudar ou que frequentaram a escola por pouco tempo, caso de grande parte dos detentos
“São pessoas que não apresentam o domínio do código linguístico formal, mas que decidiram escrever da maneira que sabem, preenchendo tantos espaços vazios da literatura”, conta a coordenadora Heleusa Figueira Câmara. “Assim, os acontecimentos diversos são preservados, e a memória social do povo tem o referendo dos sentimentos e emoções de quem vive a vida na dura luta do dia a dia, abalando posições histórico-socioculturais cristalizadas.” O programa envolve trabalhadores rurais, donas de casa, prisioneiros, trabalhadores informais, como os da construção civil, que poetizam suas existências por meio do fazer criativo, independente dos padrões da língua culta. Heleusa Câmara esclarece que a revisão gramatical e ortográfica é oferecida, mas com o cuidado de respeitar a integridade da obra.
Criado em janeiro de 1992, o Comitê Proler/UESB é pioneiro no Brasil e tem funcionado ininterruptamente, desde o compromisso firmado entre a Fundação Biblioteca Nacional, a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e os municípios de Vitória da Conquista, Jequié e Itapetinga. Detalhe fundamental: a comunidade é convidada a participar sem exigência de titulações do sistema escolar nem filiações a instituições públicas e privadas, de modo a incluir segmentos sociais afastados dos espaços educacionais formais. “Assim, educadores sociais, animadores culturais, professores, bibliotecários, estudantes, merendeiras, garis, jardineiros, agentes de saúde, monitores de creches, idosos e comunidade interessada constituem a luminosidade do programa.”





4 de abril de 2013

XXII Encontro de Leitura do Proler/UESB

O Comitê Proler/UESB de V. da Conquista realizará o XXII Encontro de Leitura do Proler/UESB na zona rural, tendo como sede o Centro Educacional Eurípedes Peri Rosa, do Circulo Escolar Integrado de Bate Pé, no distrito de Bate Pé, município de V. da Conquista, Ba. em parceria com a Secretaria Municipal da Educação.

O Circulo Escolar Integrado de Bate Pé é composto por seis escolas, são elas: Escola Municipal Matinha II, Pau Ferro II, Poço Comprido II, Escola Municipal Olimpio José Dias, Escola Municipal Oriosvaldo Silva Pontes e a escola sede que é o Centro Educacional Eurípedes Peri Rosa.
Localizada na Vila de Bate Pé o circulo conta com 939 alunos, sendo que, 824 estudam na sede distribuídos nos turnos matutino, vespertino e noturno.




No dia 22 de março de 2013 a equipe do Comitê Proler/UESB Conquista reuniu-se com professores do Centro Educacional Euclides Peri Rosa do Distrito de Bate Pé para planejamento do XXII Encontro de Leitura Proler/UESB Vitória da Conquista – Bahia. Participaram da reunião .
Secretaria Municipal da Educação - SMED

Rosane Oliveira(Diretora do Círculo de Bate Pé), Profa. Priscila Brito ( Professora do Fundamental I), Lúcia Marlene Andrade(Coordenadora de Educação Infantil e Ensino Fundamental - segmento I), Eliane Gusmão, Heleusa Câmara, Prof. Davino Silva(Prof. ciclo II-Lingua Portuguesa), Rosália Santana e Cláudia Flores — em Sala de Leitura Íris Silveira, 22 de março de 2013.


O XXII Encontro de Leitura Proler/UESB de Vitória da Conquista da seguimento ao programa interinstitucional firmado com a Fundação Biblioteca Nacional em 1992 para a política de incentivo a leitura no Brasil.

Vale lembrar que a Smed estara apoiando o encontro.

Prof. Luiz Carlos da Ibiapaba e Silva (Secretario Municiapal da Educação), Heleusa Câmara e Rosália Santana


No dia 12 de março de 2013 a Profa. Heleusa Câmara coordenadora do Proler e a Profa Rosália Santana Araújo coordenadora pedagogia, reuniram se com o Prof Luiz Carlos da Ibiapaba e Silva, Secretario Municiapal da Educação, a fim de discutirem a progamação do XXII Encontro de Leitura do Comitê Proler UESB de Vitoria da Conquista.

3 de abril de 2013

Prof. Paulo Pires comenta artigo Guerra aos Mosquitos

GUERRA AOS MOSQUITOS - BREVE COMENTÁRIO SOBRE UMA PALESTRA PROFERIDA PELO MÉDICO CONQUISTENSE UBALDINO GUSMÃO FIGUEIRA NA CIDADE DE MONTE CARMELO-MG EM 1939.

Paulo Pires
Fevereiro de 2013


Acessando escritos preciosos nos acervos do Comitê Proler/UESB de Vitória da Conquista, parte integrante do Programa Nacional de Incentivo à Leitura da Fundação Biblioteca Nacional, é possível que o pesquisador se depare com documentos notáveis. Muitos desses papéis tem tudo a ver com as necessidades investigativas da vida local, e se incluem numa dimensão acurada da história regional, possibilitando, desse modo, interpretações instigantes de partes esquecidas do Brasil, e o desvelamento de tantas pessoas que contribuíram, sensivelmente, para melhorar o processo civilizatório nas localidades periféricas do País, especialmente em municípios como Vitória da Conquista e assemelhados.
Em razão dessa observação preliminar, é imperioso revelar que dentre os papéis valiosos que encontramos, recortamos uma palestra proferida pelo insigne médico conquistense Ubaldino Gusmão Figueira. Doutor Ubaldino, como era chamado, foi e é um dos marcos da medicina conquistense em toda sua história por sua cultura humanística elevada em compromisso com as causas sociais,. Logo ao início de sua vida profissional, primou por se preocupar pelo exercício de uma medicina que não visasse apenas o indivíduo, mas que sua profissão estivesse a serviço de todo o corpo sócio-geográfico das comunidades por onde passava. Na palestra em tela, proferida em Monte Carmelo, Minas Gerais, fala aos cidadãos daquela localidade sobre a importância que todos devem dar ao processo de educação sanitária, tão pouco colocada à disposição das populações menos esclarecidas.
Levando informações de grandes sanitaristas internacionais (incluindo nessas informações seus laboriosos estudos), doutor Ubaldino de forma simples e objetiva, sem exacerbar numa linguagem científica, simplificou sua palestra adequando-a ao público a que se dirigia. Citou os cientistas que davam suporte às suas “recomendações” e o fez de modo que todos que lá estavam pudessem entendê-lo com toda naturalidade.
Doutor Ubaldino era homem extrovertido, inquieto, esperançoso como são todos aqueles que não se conformam com o modelo de mundo que lhes foi imposto. Buscava meios para se aprimorar e melhorar a vida e o mundo das pessoas. Suas observações sobre a questão da medicina não ficavam no âmbito de tratar pacientes, fazia investigações sobre as reais causas das afecções e no caso da malária, impaludismo e outras assemelhadas, não mediu esforços para pesquisar, de onde vinham e o que fazer para prevenir as pessoas antes que fossem acometidas.
Tornou-se uma referência em auto-cirurgia, quando na década de quarenta, operou a si próprio de apêndice. Essa notícia correu o mundo e todos os grandes veículos de comunicação mundo a fora, noticiaram o fato, a exemplo da BBC de Londres.
Por essas e outras, devemos ir a Sala de Leitura Íris Silveira, sede do Comitê Proler/UESB no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima e conhecer o Museu Literário profa. Amélia Barreto de Souza, pois assim fazendo estaremos fazendo um ajuste de contas com a nossa Cultura e com informações que nos ajudam a compreender melhor a vida da cidade de Vitória da Conquista e tantas outras pessoas que contribuíram e contribuem para sua construção.

Guerra aos mosquitos

Ubaldino Gusmão Figueira
Monte Carmelo, Minas Gerais, 1939.

(Foto: Dr. Ubaldino Gusmão Figueira em 1958)
Entre o nosso povo há muita gente que, até hoje, ignora a transmissão de inúmeras doenças pelo mosquito. A medicina, no terreno da Microbiologia e Parasitologia, por intermédio da microscopia já dissipou as dúvidas e tem, cabalmente, provado com centenas de experiências feitas em animais e até no homem, que o mosquito é o transmissor do impaludismo, febre amarela, etc. Quanto ao impaludismo, também conhecido por sezão, maleita, febre dos rios, tremedeira intermitente, queimadeira, etc., esta moléstia tem ceifado vidas de milhares de brasileiros nas margens dos rios, lagos, lagoas, riachos de nossas matas, e contagia o homem por meio da picada do mosquito da família dos anophelinos. Esta revelação médica não é uma invencionice, porém o fruto de laboriosas pesquisas de cientistas. Em 1884 Dr. Manson , demonstrou que o mosquito transmitia a filaria ao sangue do homem pela picada daquele. O Dr. Laveran , com esta descoberta, imaginou a possibilidade de ser o mosquito o propagador da maleita. Falando ao Dr. Ross , este médico, que se encontrava na Índia, país maleitoso, reuniu várias raças de mosquitos e os pôs em contato com os doentes, cada raça por sua vez. Após a picada destes, o Dr. Ross os levou ao microscópio e pode encontrar, agarrados a parede do estômago dos mosquitos, os “esporozoitos” que são formas do parasita da moléstia. Este parasita fica nas glândulas salivares do mosquito, e após ter passado por outros órgãos, no ato da picada atravessa numa gotícula de saliva do mosquito, e penetra no orifício da pele picada, para impedir a coagulação do sangue no ato da sucção, e por este meio cair na circulação.
Com estas explicações simples e ao alcance de todos, não deve pairar nenhuma sombra de dúvida a respeito desta verdade científica. Então, o dever impõe dar cabo aos mosquitos, abrindo caminhos às águas empoçadas, que são focos e viveiros de mosquitos. Nunca deixar água em latas de jardim, estagnadas em poças junto a casa.
Numa dada região da Itália a maleita estava matando muita gente, apesar das enérgicas providências que tomaram as autoridades sanitárias para sanear a região. Não conseguindo, por estes meios, jugular a endemia o Governo resolveu ampliar ali a criação de porcos, e com esta medida desapareceu a maleita. Por quê? Muito simples a explicação: os porcos no instinto de fuçar e remexer a terra, a água, a lama, o pântano, revolviam a água, e sepultavam na lama a postura dos mosquitos, tendo este que desaparecer. Se nos faltarem outras medidas de combate ao mosquito, criemos porcos, não presos junto a casa, mas soltos, pelo menos durante algumas horas do dia, para que aconteça conosco o que sucedeu na Itália.
Não construir casas junto à água nas baixadas, mas em lugar seco e alto onde a corrente de ar é intensa e impede a permanência do mosquito nas imediações da casa.
Outro combate que não se pode olvidar é das moscas, pulgas, percevejos, baratas, ratos, etc. Em danos a saúde, a mosca leva vantagem aos demais: assenta em toda imundice para depois co
ntaminar o alimento, o copo, o talher, a xícara, o prato, a toalha, etc. Da chaga exposta do leproso, do escarro do tuberculoso, ela passa num rápido vôo ao nariz, a boca de outra pessoa. Nunca deixeis vossas refeições expostas; usar o guarda-comidas de tela, tão asseado e econômico!...
As latrinas, fossas fixas, privadas constituem uma proteção à saúde. Depois que os estudos científicos vieram esclarecer que as dejeções, ou fezes humanas expostas sobre o solo são uma ameaça à saúde, é dever imperioso de cada indivíduo abrir fossas destinadas a receber as fezes, impedindo que estas causem a disseminação de muitas doenças.
O espaço desta nossa palestra é exíguo e não permite uma exposição detalhada em torno deste importante assunto. Diremos em breves pinceladas, como, por quê, e para quê a fossa fixa. Não pretendemos explicar uma fossa modelo que obedeça a todas as exigências da higiene: façamos o mínimo, que é uma escavação quadrangular ou circular, no chão, com uma profundidade de 20 palmos por um diâmetro que varia de 4 a 8, coberta e afastada da fonte, ou horta. Ali deveis levar, diariamente, a cinza que fica nos fogões para corrigir o mau hálito . Já dissemos atrás, que várias moléstias alastram em populações inteiras pelas fezes lançadas ao chão livre. Com a vinda das chuvas, a enxurrada arrasta aquela sujidade toda, que se espalha pela terra afora, penetrando nas hortaliças, couve, alface, taioba, cebola, e semeando micróbios por toda parte. Essas verduras, via de regra, são preparadas cruas em saladas, e nelas vão agarradas as folhas, micróbios de paratifo, tifo, disenteria amebiana, verminose e outras mais. Deste modo se processa o contágio.
Prevenir é o conselho da higiene. Com a adoção das latrinas dá-se provas de educação mais elevada, compreensão mais nítida da perfeita higiene e concorre-se para o bem estar coletivo.