20 de fevereiro de 2013

Ponto Literário e Responsabilidade Social.

O Ponto Literário em Vitória da Conquista é um programa libertário instigante tenho em vista não implicar em regras e punições para o uso dos livros que são disponibilizados a comunidade em geral. A sociedade conquistense compreende que o processo de educação cultural literária é complexo e não tem tempo delimitado para o seu proposito que é o de estimular a leitura e promover noções de responsabilidade com os bens públicos. Livros, revistas, publicações variadas em diversos matizes são oferecidos as pessoas que podem levar para casa o que estiver nas estantes do Ponto. Todo este acervo é doado pela comunidade conquistense que compreende a grandiosidade de saber compartilhar. No dia14 de fevereiro de 2013, a equipe do Proler/UESB se reuniu com a nova coordenadora deste programa a Cientista da Informação Célia Maria da Silva Régis, agente administrativo da Biblioteca Municipal José de Sá Nunes. Este projeto conta com o apoio de UESB e da Secretária Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer. O secretário Gildelson Felício de Jesus está sempre empenhado pelo desenvolvimento cultural de Vitória da Conquista.

Da esq. para a dir.: Lucimauro Pales, Heleusa Câmara, Vivaldo LEão (fotografo da UESB), Rosália Santana, Célia Maria da Silva Régis e Claudia Flores.


Reposição de acervo no Ponto Literário no dia 12 de fevereiro de 2013. Fotografia por Célia Maria Régis.

Revistas e livros para todos os propósitos. Liberdade para escolher. Fotografia por Célia Maria Régis

Como se faz a reposição do acervo no Ponto Literário

No dia 15 de fevereiro a equipe do Proler/UESB renova o acervo no Ponto Literário. Todos os livros e revistas são doados pela comunidade.



Um bagageiro muito especial levando livros e revistas para o Ponto Literário.

Descarregando os livros na Av. Lauro de Freitas.

É um pacote muito especial que o Sr. Djalma Santos está transportando.

Agora mãos a obra para arrumar os livros.


Uma estante arruma é outra coisa! O Sr. Djalma acompanha o trabalho de Maria de Lourdes Bastos.

Missão cumprida!  Heleusa Câmara e Sr. Djalma Santos. Maria de Lourdes Bastos fotografou o sorriso do Sr. Djalma.

7 de fevereiro de 2013

Autocirurgia de apêndice de Dr. Ubaldino Gusmão Figueira


Em 5 de fevereiro de 1941, há 72 anos atrás, o médico conquistense Ubaldino Gusmão Figueira, na ocasião residindo na cidade de Patos, Minas Gerais realizava uma autocirurgia de apêndice. Em fins da década 1950, tendo retornado a Vitória da Conquista Ubaldino escreve para Revista Manchete descrevendo a operação:
Tendo sofrido várias crises de apendicite e (…) Valendo-me da ausência de minha família, aproveitei o ensejo para executar meu intento. Convidei os amigos Cristiano Fonseca e João Pacheco Filho para assistirem à operação de um rapaz; qual não foi a surpresa daqueles amigos, quando me viram sobre a mesa da cirurgia, tendo a meu lado dois enfermeiros e o meu médico assistente, Dr. Paulo da Silva Loureiro. A princípio tomaram por brincadeira; porém, à medida que foram se sucedendo os passos para o ato operatório, concluíram que eu seria, de fato, o paciente e o agente daquela intervenção. Fiz sozinho, da anestesia local, à última fase da operação, ou seja, a sutura da pele. Um dos amigos fez questão de chamar o fotógrafo que bateu diversas chapas. Atualmente, resido em Vitória da Conquista, onde continuo à frente da Casa de Saúde mais antiga da cidade, servindo aos sertanejos como um modesto médico de aldeia. (Ubaldino Gusmão Figueira)
Em março de 2012, o Jornal da Associação Médica de Patos de Minas destaca a autocirurgia realizada por Ubaldino Gusmão Figueira e apresenta fotografias no Centro de Memória que abriga diferentes objetos ligados à história da medicina.
(…) Chamou a atenção do presidente da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), o cirurgião geral e gastroenterologista Lincoln Lopes Ferreira, a imagem de uma autocirurgia de apêndice, realizada em 1941. De acordo com o coordenador do Centro de Memória, Giovanni Roncalli Caixeta Ribeiro, mudou-se para Patos de Minas um médico baiano chamado Ubaldino Gusmão Figueira, que abriu o primeiro hospital privado na cidade, naquele mesmo ano. Pouco tempo depois, teve uma apendicite e se auto-operou, auxiliado por outro colega médico (…)
Nos arquivos da Profa. Heleusa Figueira Câmara, filha de Ubaldino Gusmão Figueira encontra-se uma descrição do processo operatório
(...)Fato singular, foi o de que o cirurgião só conseguiu ver nitidamente as incisões dos três primeiros planos: pele, tecido celular e aponevroso – a incisão dos demais se processou, mais pelo tato dos dedos, que pela vista, dada a impossibilidade de se curvar convenientemente, sobre a ferida operatória. Sob a ação da anestesia, local praticada com Sinalgan, pelo próprio cirurgião, plano sobre plano, á medida que progredia a intervenção, tudo transcorreu normalmente. Antes de proceder ao fechamento da parede abdominal com cat-gut Crino-Seda, o cirurgião derramou sobre a ferida operatória um tubo de Stopton Peritoneal. O pós operatório se passou sem acidente, usando o Dr. Ubaldino, durante o mesmo, uma ampola diária de Glicotrat. E assim o Dr. Ubaldino Figueira teve o prazer imenso de fazer, por suas próprias mãos, a anestesia e a própria operação, até a aplicação do último agrafe, conforme se vê numa das fotogravuras, passando-se, dessa forma, em pleno interior mineiro, um acontecimento impressionante, no terreno da cirurgia, que entusiasma, não só a classe médica como também ao público em geral.

É muito importante que os espaços acadêmicos cuidem dos acervos memorialísticos. O Curso de Medicina da UESB poderia organizar um espaço museal com documentos de pessoas que exerceram a medicina nesta cidade e que se encontram em arquivos particulares, apartados, portanto do acesso às pesquisas. É preciso destacar a iniciativa do escritor pesquisador Dr. Francisco Paulo Ribeiro Rocha que escreveu Um século de medicina em Conquista.

De acordo com o coordenador do Centro de Memória, Patos de Minas é a quinta cidade a ter arquivos e equipamentos da área médica em uma espécie de museu. Os outros municípios que preservam a memória da medicina são Barbacena, Belo Horizonte, Juiz de Fora e Uberlândia. Ele diz que os alunos de medicina do Centro Universitário de Patos de Minas já utilizam o acervo para apresentarem trabalhos no Congresso de História de Medicina. O acervo está aberto para pesquisas e visitação no período de 8h a 11h e de 13h a 17h, de segunda à sexta-feira. Todo o material pode ser fotografado e copiado, com prévia autorização. Visitas guiadas podem ser marcadas na própria filiada. Mais informações pelo telefone (34) 3821 3756.














6 de fevereiro de 2013

Memória Literária: Américo Silva Moreira

Américo Silva Moreira nasceu em 19 de maio de 1886, na Fazenda Anta Gorda, Mucugê, Bahia. Chegou em Vitória da Conquista em 1912 e foi ensinar na Fazenda Quatis. No começo de 1913 casou-se com Otaviana Mendes Oliveira e o casal teve três filhos: Zênite, Washington e Otaviana.

O livros de Américo Moreira encontravam-se em mãos do seu filho Washington Moreira que nasceu em 1915, e como fosse um bom leitor, quardou o acervo do seu pai com muito cuidado. É impressionante o bom estado de conservação dos livros, revistas e documentos que fazem parte deste tão precioso legado. Wasington Moreira Filho (neto de Américo) considerou por bem repassar a biblioteca de seu pai para o Museu Literário Profa. Amélia Barreto de Souza, sob guarda do Comitê Proler/UESB Conquista, por considerar que as instituições acadêmcias são os espaços mais adequados para a preservação, conservação e difusão de bens imaterias.

Sob a coordenação e orientação da Heleusa Câmara o acervo está sendo registrado e estará constantemente divulgando fragmentos históricos. Visite a Sala de Leitura íris Silveira e aprecie, pesquise e consulte este acervo.



Recortamos versos de Castro Alves destacados pelo Sr. Washigton Moreira, filho do Prof. Américo, numa “linguagem que nos eleva e encanta, sintetiza as grandes verdades da vida. Vejamos:

"Há duas cousas neste mundo santas:

o rir do infante, o descansar do morto.

O berço é a barca, que encalhou na vida,

a cova é a barca do sidério porto..."



Estão trabalhando na organização do acervo Heleusa, Ednaldo, Raissa, Sr. Patente. Abaixo algumas fotos do recebimento do acervo e uma página de rosto do livro Theologia Moral publicado em 1847 e as revistas O Cruzeiro. 

Heleusa e Ednaldo

Raissa e Ednaldo

Ednaldo

Theologia Moral edição de 1847

Destaque para o livro a Multidão Criminosa e Viagens na Minha Terra de Almeida Garrett

5 de fevereiro de 2013

Abertura Proler/UESB Conquista 2013

No dia 4 de fevereiro de 2013, o Comitê Proler/UESB de Vitória da Conquista deu inicio ao planejamento das atividades que serão desenvolvidas no correr deste ano. Vale lembrar que o omitê Proler/UESB de Vitória da Conquista está situado na Sala de Leitura Íris Silveira no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima. Aberto ao público das 8:30 às 18:00. O Proler/UESB Conquista dará continuidade as politicas de incentivo a leitura e escrita em suas diversas linguagens.


Sala de Leitura Íris Silveira é um espaço alternativo de leitura (EAL) e de convivência social. Dispõe de acervo bibliográfico variado: livros de literatura infanto-juvenil; obras gerais; Mini Biblioteca da Embrapa; livros de autores regionais; publicações da Fundação Cultural da Bahia; livros do programa Arte/Educação; revistas diversas; procede a doação de livros escolares e romances populares; possui uma pequena loja de publicações acadêmicas e regionais; disponibiliza aos visitantes o empréstimo de livros.


Museu Literário de Vitória da Conquista é uma amostra da memória da leitura na região, composto de fragmentos de bibliotecas particulares, com muitas obras valiosas. Preserva textos originais manuscritos, datilografados de autores prisioneiros, autodidatas, trabalhadores rurais e de serviços informais; organiza o acervo de Histórias Populares do Planalto da Ressaca


Escritório Virtual e Alfabetização Digital:
Dispõe de dois (02) computadores doados pela Receita Federal e 01 da UESB para iniciação a computação; digitação de textos; pesquisas na internet e serviços de e-mail.

Letras de Vida: escritas de si e o Proler Carcerário têm como meta divulgar as produções escritas por autores populares: pessoas que não puderam estudar ou que freqüentaram a escola por muito pouco tempo, em razão de terem precisado trabalhar cedo, como condição de sobrevivência; pessoas que não apresentam o domínio do código lingüístico formal, mas que decidiram escrever da maneira que sabem; pessoas que podem e devem usar a palavra escrita para preencher tantos espaços vazios da literatura; pessoas que colocam música nos poemas em linguagem rimada dos cordéis, que contam histórias de amor, de encantamento, de assombração, de traquinagens, histórias de vida, escritas de si, autobiografias. E assim os acontecimentos diversos são preservados, e a memória social do povo tem o referendo dos sentimentos e emoções, de quem vive a vida na dura luta do dia-a-dia. Trabalhadores rurais, donas de casa, prisioneiros, trabalhadores informais; da construção civil - pedreiros, pintores, serventes - fazem parte do projeto como autores. Letras de Vida não estabelece restrições a separar os trabalhos intelectuais dos manuais. Pensar e agir são competências de todos nós.


Encontros de Leitura são atividades de extensão iniciadas em 1992 e realizadas anualmente, por meio de palestras, exposições, painéis, oficinas, apresentações culturais, lançamento de livros e exibição de filmes. Proporcionam trocas de experiências de leitura entre especialistas e participantes.


Histórias Populares do Sertão da Ressaca objetiva a edição da produção escrita criativa de escritores informais para valorização da cultura regional; recolhe os contos populares e propicia a difusão do ato de recontar com apropriações regionais; identifica espaços brasileiros que (re)criam histórias, com sabores especialíssimos.


Histórias da Escola
é um projeto do Proler/UESB que traz à tona o cotidiano do fazer escolar realizado por diretores, secretários, coordenadores, serventes, vigilantes, merendeiras; professores, alunos, pais, amigos da escola e pela representação política do município no sistema escolar. Propicia visibilidade das ações coletivas para o olhar reflexivo sobre práticas pedagógicas adotadas. O registro das atividades dilui excessos de exaltação e estampa valores de pequenos atos. Falar sobre trabalhos recentes implica incorporar as trajetórias percorridas ao longo do tempo.


Tesouros da nossa terra é um programa de rádio apresentado, aos domingos, na programação da UESB Cultural, Rádio Universitária FM 96. Nesse programa são lidos poemas, quadras, cantigas de roda, histórias populares recolhidas na região e fragmento de escritos de autores do Núcleo Letras de Vida.


Nossa terra tem belezas, vale a pena conferir é um programa de leitura de imagens fotográficas da região urbana e rural do município, com ênfase em tradições, costumes e modos de vida. As fotografias são organizadas em slydes, para apresentação nos lugares registrados.